4 de dezembro de 2014

O segundo de agora


Gosto de perceber hoje, o que não percebia ontem. De saber agora o que não sabia à bocado. Sim, gosto de descobrir. De crescer. Aprender. Aprender a concluir. A conclusão de hoje, que será a introdução de amanhã. Respiro fundo para absorver tudo. Aceito o que vem e aparece, como uma dádiva de orvalho num dia quente de verão. Cresço como planta após chuva e dia de nevoeiro. E sim, aceito. Aceito o que me queres dar. E o que não queres. Aceito o que é o momento e não tento descobrir o depois. Ao talvez eu não pertenço. Pertenço aqui e agora. Descubro o amanhã quando o passar que passou. Porque criança destemida que não vives os segundos, quando vives as horas do após, os minutos de agora foram no passado do tempo. Espaço que não sobra para pensar. Porque pensas de mais na vida. O talvez com que amanheces fica como perdurando todo o dia. Segue. E deixa seguir. Deixa seguir a vida. Apenas. Porque teres pena, já passou. E se o arrependimento durou, respira que o dia de amanhã chega. E percebe: a questão que esclarece, também é a questão que enlouquece. Ri. Sorri. E sê feliz. O que conta, é o segundo de agora.

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