28 de fevereiro de 2015

Desimpede-te!


Então porque não agora? Porquê deixar escondido o sorriso que é deste momento? Porquê adiar a dor de barriga tão boa. A dor de rir e o chorar de tanto deste dia que já transbordou e não cabe lá dentro. Se te apetece cantar, canta. Se o que tu queres mesmo é dançar, dança. Se sempre quiseste ser mais feliz, mas nunca o fizeste porque sempre aparece algo a impedir... Desimpede-te! Só tu podes encontrar o teu caminho. Só tu sabes ler esse enigma que é o teu coração e a tua cabeça! Arrisca a escrever a tua história! Pega e escreve! Não é difícil. Um rascunho aqui, uma linha acolá. Transcreve e transforma em real. Grava o filme da tua vida. Mas na vida real. Cheio de sentimentos. Não te prives de viver tudo. Não tenhas medo. Com medo não chegas a lado nenhum! O medo não sustenta. Vai, que o medo drena a vida e não te deixa viver. E é hoje o dia para começar. Amanhã pode ser já o dia de ontem tudo voltar a alterar. Então, não bloqueies o mundo. Não feches a sete chaves essa porta. Anda com a chave na mão. Coloca junto ao coração. E deixa- te levar pelos momentos, que é verdade que a vida passa e nem dás conta de ela passar. Vai. Vem. Volta. Segue. E gira. Olha a vida em todas as direções. Descobre todos os padrões. Segue a hora. Absorve os segundos. Não te arrependas do que fizeste. E não queiras deixar passar suspiro que seja a imaginar o que teria sido. Desprende-te. Esquece as correntes. Não és um escravo. Ora então desimpede-te que a vida esta desimpedida para ti. Agora.

20 de fevereiro de 2015

Viver os detalhes


Viver os detalhes
Respirar os segundos 
E correr o mundo desta vida 
Que sendo vasta não tem fundo.

Ser positiva nesta equação
Que saldo negativo
Só dá problema
E não cria nenhuma solução.

Não perturbes o enrolado do tempo
Que corre corre
E não para aqui e ali.
Então aproveita os segundos
Que as horas são vastas
E o tempo não tem tempo até acabar.

E irritar para quê?
O chicote é em ti que bate
E deixa marcas no rosto
E nada que depois passe
Lhe pode ficar pressuposto.

Sorri quando te apontarem
Que melhor que uma palavra feia
É um sorriso alheio 
Com palavras de nada
Para pessoas vazias
Em que nada enche
Pois o saco da vida está roto
E tudo que entra não cola 
E sai rapido a deslizar 
Para o mesmo lugar.

Então não percas saliva
Perde tempo com quem tempo te entrega
Com quem amor nunca nega.

Vai que a vida sempre te dá
Não o presente que queres
Mas o embrulho dourado
Desse mar tão chateado.



16 de fevereiro de 2015

Coração, acompanha-me!


É um bate bate 
Que sigo ouvindo.
Um som que segue no tempo
E sempre me vai seguindo.

É um canto que ecoa aqui e ali.
Notas suaves percorrem as ruas
Olhares ora descem ora sobem.
Um som que balança no tempo
Um bate bate que vai passando no ar
E percorrendo esse mar
Tão azul e sereno
Deste tão belo mundo
Que no dia-a-dia nos vem mostrar.

Eu vou e volto com o pássaro que canta
Subo e desço com o vento que sopra a árvore,
Que baila ao som deste bater.

Bate, bate coração 
Que ainda há muito a voar.
Não te canses, 
Pois muito aqui há para ti.
Não descanses, 
Não te acalmes
Que a minha vida tem tudo para dar
E tu tens ainda tanto que aguentar.

Então, meu coração,
Meu pequeno coraçãozinho,
Bate como uma canção,
Pois há muita música a tocar.
Ainda é tão cedo,
Ainda à pouco começou a entoar.

Acompanha-me,
Que não dá sem ti
E eu quero estar mesmo aqui.
É este o sítio,
É este o local.

Hoje, um nevoeiro encantado do sonhar,
Amanhã uma praia de vida 
Em que a realidade 
É sempre um bonito pôr-do-sol.
E até a noite tem as estrelas,
Para que não te canses de sonhar 
Meu pequenino lutador.

Acompanha-me até onde quiseres
Abre comigo a porta 
Esse pórtico que não é de filme
Nem de livro.
Abre ao meu lado os portões
Para o caminho que tu queres.
Percorre ao meu lado 
Essa estrada tão doce.
E quando amarga,
Vem comigo 
Que eu tenho um pedaço de açúcar no bolso.
Vem, que chega para os dois.

Então, meu coração
O espaço está aqui no meu peito
E é teu.
Vem soar esse bate que não bate 
Dos segundos comigo.
Eu acompanho-te quando correres
E quando te cansares
Eu dou-te o sopro que precisas
Para voares mais um pouquinho.

Vamos voar longe 
E ficar perto
Que a vida encurta
Não sabemos o quanto
Nem o quando
E o sempre que eu quero
É o agora contigo.


Aprende a surfar


Cada um tem uma razão. A sua razão. E cada razão é válida para cada qual. O que hoje é, amanhã não será. O que te encaixa, a mim não preenche. Por isso, que melhor maneira existe de levar a vida, se não viver a nossa. Partilha e compartilha. Mas faz-te feliz acima de tudo. Acorda para lutares e viveres o teu dia. A tua vida. A tua história. Aceita-te como és e serás feliz. Aceita a corrida, que se estiveres bem, navegas até contra as maiores ondas. Olha para o tempo como um mar que muda e sempre vai mudar. Cada dia é uma onda. E cada onda é diferente. Aprende a surfar. E mais importante que tudo, não esqueças que às vezes mesmo o melhor surfista é atingido. Ondas pequenas e ondas grandes. Hoje ou amanhã. Às vezes irás dar à costa. E acredita. Vais sempre conseguir surfar de novo.

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4 de fevereiro de 2015

Vamos sorrir juntos?


Podia questionar-me porquê? Podia. Podia pensar sobre quando tudo começou? Podia. Mas não preciso entender. Não preciso saber pormenores ou prefácios que nem interessam. Não me interessa o porquê ou o quando. Só quero saber do que sinto agora. Do meu respirar ofegante. Da ansiedade boa para que o dia chegue ao fim. Do sopro do vento que eleva e releva o tempo. Tempo que não passa. Esse tempo que só sabe passar quando perto do teu olhar.

Acho piada até, quando me perguntas porquê. É engraçado, como até isso me faz amar-te ainda mais. Esse teu jeito de ser. Perguntas e repetições. Dúvidas, dúvidas e mais questões. E eu suspiro. Suspiro e respiro tudo lentamente. Quero absorver tudo. Todos os momentos. Todos os encantos e desencantos.

E podia falar tanto. Podia falar dos teus olhos. Podia falar sobre as horas que eu os conseguia olhar. Sobre o que vejo. Sobre o que sinto quando os fito. Podia falar do sorriso, da gargalhada ou do risinho de alguns momentos. E do ar malandro? Também podia. Podia dizer-te que só tu consegues fazer-me sorrir sem motivo aparente. Porque tu és o motivo.

E não sou lamechas, sou mesmo de encarar a vida pela frente. E essa frente sempre teve muro. O protetor sempre foi muito alto. Alto de mais. E sempre houve uma porta bem pequenina. Uma porta com dobradiças enferrujadas. Com uma chave sempre perdida nos meus aposentos. Por baixo de livros, tralhas e bugigangas. Mas agora eu não tenho a chave. Não está mais comigo. Nem perdida, nem achada. És tu que a guardas no bolso. E podes abrir essa pequena porta sempre. E esse sempre perdura no tempo que tu quiseres. E dentro desses muros encontras tudo. Encontras o meu sorriso. Sorriso sempre ali. No tempo, sempre à espera de ti. E sempre me encontrarás. Vou estar sempre sentada junto ao lago de águas cristalinas, enquanto os meus pés brincam com a água que corre.

O meu mundo é um nada que tudo tem para ti. Um pequeno espaço onde tudo cabe. No meu mundo sempre vai haver o tu, o teu e o para ti. Há sempre espaço para o nós. Então, porquê perguntar? Porquê sofregar ou tentar antecipar? Bons são os momentos que, como gota a gota nos mostram o oceano.

E quando vives assim, nada importa e importado estás apenas em viver o momento de agora. Por isso, não te agarres a esses talvez. O mundo é tudo num vai e vem de cada vez. E vamos então ser felizes. Porque eu mereço. Porque tu mereces. E porque o dia está lindo e o sol está quentinho. E além disso, digo-te: com esse sorriso que trazes atado a ti, não dá para ser de outra forma.

Então, é fácil: vamos sorrir juntos?

3 de fevereiro de 2015

Se o meu olhar falasse



Adoro sorrir sem motivo aparente.
E o que não se mostra
Esta lá dentro a brilhar.
Adoro ver o meu olhar falar.
Quando os olhos
Gritam de felicidade
E no ar não se ouve
Nem o vento passar.

E se o meu olhar falasse
Ía ficar sem voz
Porque o que tenho guardado
Não cabe no mundo da rua
Que é pequeno demais
Para este sorriso
Que só vive em mim.

Ser feliz é fácil
Quando te deixas encher
Do que tu precisas para ser.

Então sê feliz
E enche a alma por dentro
Porque o que fora está
Dentro não preenche.