6 de julho de 2015

Tem dias


Tem dias de tudo. 
Tem dias de nada. 
Vem, que tem dias de chuva 
E outros em que o sol fica o dia a brilhar. 

Há dias de peito forte 
E sorriso gigante. 
Há dias de água no rosto 
E corrente apertada que parece não mais passar. 

Claro que há dias que parecem noites. 
E noites que parecem dias. 
Quando o tempo não mais trespassa, 
Quando o amigo abraça 
E o ar que respiras esta ali para ficar. 

Esse escuro que clareia a vida. 
Essa luz que troveja e não deixa passar. 
Sim, tem dias. 

E eu tenho dias. 
Tenho dias que passam como a noite 
E noites que vão acabar por findar. 
Sou o tempo que passa.
Sou o vento que leva.
Sou a vida do dia-a-dia
Que todo o segundo leva devagar.

Passa que o tempo urge.
Passa que o ponteiro
Trespassa a apontar.
Leva adiante a vida,
Que a vida tem de tudo,
E o mundo não vai parar.

Vai que tem dias.
Vem que tem noites.
Tem dias que adio.
Tem noites que anseio.

Então, vai que vem
E volta na roda do urge que urge da vida.
A vida que é tua às vezes.
O tempo que te empresta na demora
E os segundos da alma perdida
Que não percebe nada da jornada.

Vive esses dias de leve
Vive no compasso do teu respirar
Porque a vida é sempre breve
Fica tanto por terminar.


Sem comentários:

Enviar um comentário