22 de outubro de 2014

Quem garante?


Rasgada e ferida. Indomavelmente crua. Tempestuosa. Ora serena, ora falada. A orla em que me encontro. Escura, abafada, longínqua. Eu não acredito ser! Mas serei? Sou. Nervosinho miúdo, neblina de palmo e terra. Sou eu. Eu. Não acreditei ao princípio. Conspiração maldita! Como poderia ser? Não seria. Ou seria? Seria. Era eu. Eu. Falsa? Não! Mas parecia. Ou pareço? Tamanha confusão. Tamanho embrulhar de petrificadas soluções. Embaraços. Egoísmo. Egoísmo. Mergulhei nele. Afogada? Quase. Salvei-me da tal luzita brilhante. Foi por ti. Por ti. Deixei-a estar. Mais um pouco. Ainda é cedo. Miudeza. Sacanagem. Danado consentimento. Efémero desejo. Só para contigo. Só pára contigo. Mais tarde. Ou mais cedo. Platão? Não! Melhor. Muito melhor. Entre abraços e castigos. E até perdições. Maldades! Sentida. Injusta. Ora serena, ora falada. Saqueando. Saqueando-te. Mesmo. Brilhante. Mas apagada. Triste. Sonhos e pesadelos. Sonhos. Vou sonhando. Sonharei? Sim. Acredito. Confesso. E vou confessando. Mais te confessarei. Aos pouquitos. Não te chateies. Sabes que gosto de ti. Assim. Desta maneira. Infinita. Duradoura. Persistente. Admito? Hum...Não sei! Sofrerei? Talvez. Quem garante? Ninguém. Vou arriscar. Vale a pena? Diz -me tu. Tu. E eu.

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