22 de setembro de 2015

Amor, posso questionar-me para sempre?


Questiono-me. Dia após dia. São meses após semanas. São horas que passam e o tempo não desdiz. E eu questiono-me. Vou-me questionando. Será possível? Mais ainda? Mas como? E a verdade, é que sempre segue e acontece. Há dias que não sei o que lhe chamar. Se um nome, se uma palavra solta, ou mesmo uma frase mais elaborada. E vai crescendo. Vai acontecendo mais. E quando parece que nada há a acrescentar, vem um novo dia. Vem um novo olhar. Um sorriso. E cada vez que te vejo eu só posso apaixonar-me mais. E ao ouvir-te, só posso querer-te mais. Será o novo dia? Será o quê? Será que me vou continuar a apaixonar cada vez mais e mais? Mas ainda dá mais? 

Tenho que admitir que é deveras delicioso. Esta paixão diária. Este vibrar de emoções. O coração cheio. A alma resplandecente. Tenho que admitir. Contigo, sinto-me finalmente viva. Agora sei o que é estar acordada. Porque acordado não são os olhos abertos. Apenas. Tu acordaste-me por todo. Sinto tudo. Respiro por completo. Se conseguisse explicar o que sinto. Em palavras. Escritas. Proferidas. Mas volto-me a questionar: será isso também possível?

Como não me apaixonar por ti mais e mais? Todos os dias o fazes acontecer. Assim fica difícil não sorrir quando penso em ti. Assim fica impossível não sonhar contigo quando não durmo ao teu lado. Assim fica intragável. Eu questiono-me. Como? Como consigo amar-te tanto, sabendo que ainda te irei amar mais amanhã? Mas como não, amor. Como não? Espera um pouco. Para um pouco. Sabes uma coisa? Não interessa a questão. O porquê. O como. Não interessa. 

Apenas abraça-me como sempre fazes. Olha-me exatamente da mesma forma. Beija-me da mesma forma. Toca-me com o mesmo carinho. Fala-me com a mesma intenção. Apenas. Deixa-me questionar-me para sempre. Deixa que me apaixone ainda mais. Dia após dia. Deixa que te ame mais. Que este inacreditavelmente extenso amor cresça pelos jardins do infinito. Deixa-me continuar feliz. A mais feliz. Apenas por te amar. E de apenas, este apenas tem um tudo. Um sempre e um muito. 

Amor, deixa-me questionar-me para sempre.

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